VIAGEM À MARAVILHOSA TERRA DOS INCAS

Desde o início do ano, eu e minha namorada já estávamos de olho em um destino na América do Sul para conhecer. Inicialmente, nossos planos eram de conhecer a Colômbia (ainda continuam sendo), mas, como começamos a apreçar as passagens de avião em meados do mês de agosto, os preços se elevaram muito rápido e acabou perdendo um pouco o sentido viajar por um preço tão alto para um lugar próximo. Ficou para a próxima! Decidimos então fazer as malas rumo ao Peru.

Assim como todas as viagens, essa criou seus contornos especiais e pudemos desfrutar muito do roteiro que construímos. Organizamos nosso roteiro saindo da cidade de Nova Serrana - MG rumo ao Rio de Janeiro - JR, e sair na madrugada do réveillon rumo a São Paulo - SP.

Mais uma vez as passagens foram compradas pelo site ViajaNet, onde foi encontrado os melhores preços na melhor data. As estadias foram compradas antecipadamente pelo site AirBnb, desde que conhecemos o serviço nunca tivemos problemas com esse site. 


VIRADA DE ANO 

A viagem começou na cidade de Nova Serrana - MG. Saímos em um ônibus da viação União rumo ao Rio de Janeiro - RJ em uma viagem tranquila, fazia muito tempo que não viajava de ônibus por um longo percurso como esse. O simples fato de estar em um ônibus ou avião prestes a fazer uma viagem mais longa, por um período de tempo maior, já me faz sentir desligado de todas as eventualidades que todos nós chamamos de problemas. Iríamos passar a noite da virada de ano no Rio de Janeiro, aguardando a mesma madrugada para seguir nosso voo rumo a São Paulo.


RIO DE JANEIRO

Preciso e quero admitir que o Rio de Janeiro me deixou um pouco atônito!

Como sabem, moro no interior de Minas Gerais, e sempre via a cidade do Rio de Janeiro na TV e tinha uma visão totalmente diferente da que eu, de fato, vi. A cidade realmente é bonita, mas assim como todos os lugares do mundo, não cabe generalizações. Passando por Petrópolis de ônibus senti um friozinho de montanha, coisa que eu já sabia que teria na passagem por essa cidade. Ao chegar no Rio, a coisa foi esquentando, naquele momento, tive quase certeza que seria cozido vivo, poucas vezes havia sentido um calor tão brutal. 

Logo ao chegar na cidade já me deparo com o velho e conhecido sotaque carioca (onde a letra S é substituída por uma letra X, as frases são arrastadas, e as letras E se transformam em uma ÊA bem sutil no final das frases), estava oficialmente no RJ. Me deparo com uma grande quantidade de informação, não sei se pelo fato de ser ano novo. Pessoas passando por toda parte, um monte de línguas se misturando, gente andando em lugares fechados como se esses fossem também uma parte da praia, sol escaldante (já escrevi isso acima, mas o sol era muito escaldante, muito mesmo, sentia que a sola do tênis estava derretendo nos meus pés). Um choque para mim, mineiro que nem sequer come pão de queijo! 

Tínhamos combinado o agradável encontro com minha família chilena no Rio. Fomos fazer um tour na cidade, passeio muito bom, recomendado. Nesse passeio deu para ver a cidade por outra perspectiva. Foi bonito! Fizemos esse passeio pela Baía de Guanabara, pelo Espaço Cultural da Marinha.


A Ilha Fiscal localiza-se no interior da baía de Guanabara, fronteira ao centro histórico da cidade do Rio de Janeiro. A ilha celebrizou-se por ter abrigado o famoso baile da Ilha Fiscal, a última grande festa do Império antes da Proclamação da República, em 15 de Novembro de 1889.

O Museu do Amanhã é um museu construído no município do Rio de Janeiro. O prédio, projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, foi erguido ao lado da Praça Mauá, na zona portuária. Sua construção teve o apoio da Fundação Roberto Marinho e teve o custo total de cerca de 230 milhões de reais.

A Igreja de Nossa Senhora da Candelária é um templo católico localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. É um dos principais monumentos religiosos da cidade, palco tradicional de casamentos da sociedade carioca

O Pão de Açúcar é um complexo de morros localizado no bairro da Urca, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. É composto pelo Morro do Pão de Açúcar, pelo Morro da Urca e pelo Morro da Babilônia.


São Paulo/ Foz do Iguazú

Nesse momento nossa viagem estava começando, saímos do RJ na madrugada do dia 1º, assistimos ao réveillon na TV, tomando um vinho e comendo um salaminho, logo após, tiramos um cochilo esperto e pegamos um voo para SP com destino a Foz do Iguazú. 

Eu já conhecia a cidade de Foz, havia por algumas vezes, ficado nela ou passado por ela para ir ao Paraguay. Lembra do calor que eu havia me referido ao Rio de Janeiro? Pois é! A vida é uma caixinha de surpresas! Foz do Iguazú mostrou que não existe limite para o quanto um termômetro pode chegar. A parte ruim dessa vez é que não tinha um lugar para tomar um banho, então teria que ficar com a mesma roupa do dia até chegar a Lima, no Peru.

Eu e Suzana já tínhamos em mente que nossa passagem por Foz do Iguazú seria para conhecer as cataratas. Eu sempre passava por Foz e nunca tinha ido nesse lugar, era a oportunidade ideal. Dito e feito. Fomos lá conhecer.




Em tupi-guarani, Iguazú ou Iguaçu significa água grande ou muita água. Não me lembro de ter visto tanto volume de água em um só lugar na vida, talvez nem exista em outro lugar tal evento com essas proporções e magnitude. As cataratas fazem total jus ao nome que levam. 

Ao andar numa distância de uns 2 quilômetros o corpo começa a sentir a pressão da água que cai, o calor se mistura com o suor provocado pelo sol quente, o ar é úmido. Não havia a possibilidade de tomar banho depois para seguir a viagem, por esse motivo, nos lembramos de comprar capinhas para não nos molhar, mas não importava mais, tudo era tão maravilhoso que deixamos as capinhas no bolso e entramos na água vaporizada pela queda. 

Naquele momento não existia nenhuma palavra em mente descrevendo o que estávamos vendo e sentindo, talvez nem haja uma palavra específica, porque era uma mescla de sentimentos. Depois de um tempo, podendo relembrar a sensação, escrevendo esse artigo, a palavra que me vem a mente é liberdade. 


PUERTO IGUAZÚ - ARGENTINA

Com algumas horas sobrando tivemos a grande ideia de atravessar a fronteira com a Argentina e conhecer a cidade de Puerto Iguazú, pesquisamos na internet por lugares que poderiam ser interessantes para conhecer nesse lugar e descobrimos um bar de gelo (um freezer gigante onde a temperatura interna chega a mais ou menos -10ºC). Num calor de quase 42ºC, entrar numa geladeira seria uma excelente ideia.


DIOS MIO

Ao sair do Parque das Cataratas do Iguaçu esperamos uma lotação sentido Argentina, o sol nos desanimava um pouco, mas decidimos seguir o prometido. Chegou nosso ônibus em uma rodovia no meio do nada (local onde descemos da primeira lotação), todo colorido, parecendo uma alegoria, igual aos ônibus do Paraguay, entramos, pedimos ao motorista que parasse no local que queríamos ir, e... perdemos o ponto. O motorista se distraiu e atravessou toda a cidade até chegar no terminal rodoviário. Tivemos pagar a passagem de volta para descer no local correto.

Ao chegar no local foi possível conhecer o tal bar de gelo. Realmente é gelado! E -10ºC é mesmo muito frio. Os copos do bar são feitos de gelo e antes de entrar ou sair sempre nos mantém em um local um pouco mais frio para que não haja choque térmico. A consumação é "livre", o preço da entrada gira em torno de 60 reais. Vale a pena a experiência. 

A volta para Foz do Iguazú foi turbulenta. Pedimos que a atendente do bar chamasse um taxi para eu e minha namorada voltarmos para o Aeroporto. Entramos no taxi e ao chegar na alfândega o taxista parou do lado de fora, há uns 500m e disse que não poderia passar com nós (kkkk), ele revelou que era taxista ilegal e iriam prendê-lo se passasse por ali. 

Vendo nosso desespero o taxista chamou um amigo, que segundo ele era legalizado, o homem chegou e atravessou conosco pela fronteira, nos levou até o aeroporto sãos e salvos, prontinhos para continuar nossa viagem. 

Parte externa do Bar de Gelo - Icebar Iguazú



Na próxima publicação faço o relato da saída de Foz do Iguazú para Lima. 





Esse artigo continua em uma nova publicação. Obrigado pela leitura!

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