A BELEZA MUSICAL...
...DE ENTENDER O PORTUGUÊS
Vivemos em um mundo globalizado (já estamos cansados de ouvir isso) e quase sempre nos deparamos com inglês, francês, alemão, árabe e até japonês e chinês em nossa língua portuguesa (além de muitas outras línguas). Pedimos cheeseburger na lanchonete, passamos o réveillon com a família tomando um delicioso champagne e nem percebemos que usamos outras línguas que se adentraram através dos tempos e costumes em nosso bom e velho português.
Muitos desistem de aprender o idioma, pela complexidade, pelos verbos e suas conjugações. Com razão, não é mesmo fácil falar nem escrever corretamente, e acredite querido e estimado leitor, não é como a língua espanhola em que um argentino pode conversar com um mexicano sem precisar se contorcer, nem como a língua inglesa, onde um britânico percebe as diferenças, mas pode entender tudo que um americano diz. Normalmente brasileiros não conseguem entender com perfeição o que um português fala e vice-versa, a não ser que esteja habituado, acontece que ambos os idiomas evoluíram seguindo caminhos distintos. Ninguém tem culpa, é claro, com o tempo tudo evolui de sua forma particular.
Estou eu aqui, no interior do Brasil a digitar esse post, a ouvir Cesária Évora, uma cantora de Cabo Verde com uma voz indescritível. Sim! Ela canta em português, e provavelmente uma considerável parte da população brasileira não a conhece, da mesma forma que não se interessam pela musica portuguesa (de Portugal) ou por qualquer outra que preserve as raízes de nosso idioma. Hoje no Brasil se vive a "explosão da novidade", do sertanejo universitário (gênero musical criado no estado de Goiás), funk, pop e musicas cantadas em inglês, pouco se valoriza o cultural, a verdadeira raiz idiomática. É certo que no Brasil se passa uma transformação, onde o português se distancia ainda mais dos outros países lusófonos (ainda não é possível avaliar se é bom ou ruim e onde vai chegar), mas é fato de que é um nova língua portuguesa.
Ah, vamos ouvir Nelson Freitas, (Cabo Verde) é possível dançar sem querer parar. E por aqui tenho uma surpresa agradabilíssima, vejo brasileiros comentando no YouTube, mandando boas energias e dizendo o quando gostaram da música, sinto que devo ter alguma razão em achar tudo isso o máximo!
Nunca havia parado pra pensar o quando nosso idioma é maravilhoso. É como uma canção que retrata a saudade, palavra que existe graças a ele e que não tem tradução. Não, não existe um dicionário sequer que possa explicar a saudade assim como ela é, porque somente pelo seu valor sentimental, se pode compreender o que ela é de verdade. E não é pra mais, é a sétima palavra mais difícil de se traduzir no mundo, um espanhol usa o verbo extrañar, um inglês usa miss, que quer dizer sentir falta (sentir saudade é bem mais que isso, nada disso poderia explicá-la).
Em resumo, seria como deixar alguém que você ama ir embora contra sua vontade, se colocar sozinho em casa a ouvir Canção do Mar de Dulce Pontes. Não existe aquele que possa resistir. Isso é saudade.
É necessário falar português e se tornar um ouvinte também. O que justifica ouvir música do mundo inteiro, mas não conseguir olhar para o próprio nariz? Se existe uma paixão por porcarias do então mundo globalizado, tudo bem, o que se pode fazer! Mas, se ainda resta um pouco de "pé no chão", entender o idioma será uma aventura irreparável, emocionante.
Admito ter ficado impressionado, espantado até, com a qualidade da música de Angola, cantores como Anselmo Ralph, Bruna Tatiana, Yola Araújo e diversos outros, fazem um sucesso estrondoso com músicas originais e de altíssima qualidade. Destaque para Anselmo Ralph que tem quase 30 milhões de acessos no YouTube com a música Não Me Toca, que publiquei logo abaixo.
A música de Moçambique não fica atrás, beldades como Neyma Afredo, Júlia Duarte, Anita Macuácua, Lizha James fazem marca registrada no país. 340ml faz o corpo descolar com a música Fairy Tales, cantada em inglês e gravada na capital Maputo, com os olhos apontados para o mercado internacional é um salto preciso.
Stewart Sukuma, nascido em Cuamba, é cantor e produtor, premiadíssimo,
preserva a raiz musical do país e introduz em suas canções, algo como jazz
além de melodias que deixam traços que muito lembram o que no Brasil
chamamos de MPB (Música Popular Brasileira).
Dá orgulho, falar tal idioma e saber que temos irmãos pela mundo que apreciam a forma como falamos da mesma forma que apreciamos a maneira como falam. Falta a presença em massa da cultura desses lusófonos em nossa cultura, se não me engano o Brasil está presente em grande parte deles, emissoras de televisão, jornais, mídia digital, o Brasil conta com mais de 200 milhões de pessoas, faz com que seja automático encontrar algo daqui em algum desses países, até mesmo sem querer, mas traçar o caminho oposto não é tão fácil, quando se procura por um cantor no Google.com.br é fácil encontrar algo sem nexo, que não tem nada a ver.
Tudo que comento aqui é ponto de vista particular, as impressões que tenho como brasileiro vendo o cenário musical português fora de meu país.
Muitos desistem de aprender o idioma, pela complexidade, pelos verbos e suas conjugações. Com razão, não é mesmo fácil falar nem escrever corretamente, e acredite querido e estimado leitor, não é como a língua espanhola em que um argentino pode conversar com um mexicano sem precisar se contorcer, nem como a língua inglesa, onde um britânico percebe as diferenças, mas pode entender tudo que um americano diz. Normalmente brasileiros não conseguem entender com perfeição o que um português fala e vice-versa, a não ser que esteja habituado, acontece que ambos os idiomas evoluíram seguindo caminhos distintos. Ninguém tem culpa, é claro, com o tempo tudo evolui de sua forma particular.
Estou eu aqui, no interior do Brasil a digitar esse post, a ouvir Cesária Évora, uma cantora de Cabo Verde com uma voz indescritível. Sim! Ela canta em português, e provavelmente uma considerável parte da população brasileira não a conhece, da mesma forma que não se interessam pela musica portuguesa (de Portugal) ou por qualquer outra que preserve as raízes de nosso idioma. Hoje no Brasil se vive a "explosão da novidade", do sertanejo universitário (gênero musical criado no estado de Goiás), funk, pop e musicas cantadas em inglês, pouco se valoriza o cultural, a verdadeira raiz idiomática. É certo que no Brasil se passa uma transformação, onde o português se distancia ainda mais dos outros países lusófonos (ainda não é possível avaliar se é bom ou ruim e onde vai chegar), mas é fato de que é um nova língua portuguesa.
Ah, vamos ouvir Nelson Freitas, (Cabo Verde) é possível dançar sem querer parar. E por aqui tenho uma surpresa agradabilíssima, vejo brasileiros comentando no YouTube, mandando boas energias e dizendo o quando gostaram da música, sinto que devo ter alguma razão em achar tudo isso o máximo!
Em resumo, seria como deixar alguém que você ama ir embora contra sua vontade, se colocar sozinho em casa a ouvir Canção do Mar de Dulce Pontes. Não existe aquele que possa resistir. Isso é saudade.
Admito ter ficado impressionado, espantado até, com a qualidade da música de Angola, cantores como Anselmo Ralph, Bruna Tatiana, Yola Araújo e diversos outros, fazem um sucesso estrondoso com músicas originais e de altíssima qualidade. Destaque para Anselmo Ralph que tem quase 30 milhões de acessos no YouTube com a música Não Me Toca, que publiquei logo abaixo.
Stewart Sukuma, nascido em Cuamba, é cantor e produtor, premiadíssimo,
preserva a raiz musical do país e introduz em suas canções, algo como jazz
além de melodias que deixam traços que muito lembram o que no Brasil
chamamos de MPB (Música Popular Brasileira).
Tudo que comento aqui é ponto de vista particular, as impressões que tenho como brasileiro vendo o cenário musical português fora de meu país.
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