A influência da língua espanhola na educação brasileira no século XXI
Flávio Júnior dos Santos Lopes
Graduando em
letras – espanhol pela Universidade Estácio de Sá.
Maria Paz Pizarro Portilla
Professora das
Faculdades Integradas da Universidade Estácio de Sá.
Resumo
O referido estudo tem como objetivo explanar a
importância da língua espanhola para a educação brasileira, assim como a
compreensão dos desafios impostos e propostos pela atual conjuntura global.
Como as escolas, no século XXI, abordam determinados temas, principalmente
culturais relacionados à língua espanhola, quais os efeitos, atual e futuro, da
ausência da mesma na grade de ensino, além dos caminhos a seguir para uma
consolidação satisfatória do ensino da língua espanhola nessas instituições e
os caminhos promissores que poderiam ser abertos em um futuro próximo. A
aplicação do método se dá exclusivamente por revisão bibliográfica. Situando
que a atual compreensão da realidade global faz com que no Brasil a demanda pela
procura e aprendizado da língua espanhola passe por um déficit em sua
implementação, esse que se percebe na ausência da língua nas grades
curriculares do ensino regular propondo desafios futuros para sua construção e
crescimento na cultura brasileira.
Palavras-chave:
Língua espanhola,
educação, língua inglesa, tecnologia, Brasil, cultura.
Abstract
El referido estudio tiene como objetivo explanar la importancia de la
lengua española para la educación brasileña, así como la comprensión de los
desafíos impuestos y propuestos por el actual escenario global. Cómo las instituciones
educacionales brasileñas, en el siglo XXI, abordan determinadas temáticas,
principalmente culturales relacionadas a la lengua española, cuales los
efectos, actuales y futuros, de la ausencia de la referida en los planes para
la enseñanza, los caminos a seguir para una consolidación satisfactoria de la
enseñanza de la lengua en las instituciones y los caminos a promisores que
podrían ser abiertos en un futuro próximo. La aplicación del método se ocurrió
exclusivamente por revisión bibliográfica. Observando la actual situación de la
realidad global se hace con que en el Brasil la demanda por la búsqueda y
aprendizaje de la lengua española pase por un déficit en su implementación, lo
mismo que se percibe en la ausencia de la lengua en los planes curriculares de
la enseñanza en Brasil propone así desafíos futuros para su construcción y crecimiento en la
cultura brasileña.
Palabras-clave:
Lengua española, educación, lengua inglesa, tecnología, Brasil, cultura.
INTRODUÇÃO
Atualmente,
a maioria das instituições educacionais no Brasil, tanto de ensino regular como
técnico privado têm como base no ensino da língua
estrangeira, o inglês, umas das mais importantes no cenário global.
N’outro
ponto de vista, paralelo a esse, está a língua espanhola ou castelhano, que
poderia ser objeto de estudos ou até mesmo de aperfeiçoamento entre os alunos
das redes pública e privada, visando uma plena integração aos países latinos e
Europa Meridional, oferecendo oportunidades e abrindo fronteiras além do âmbito
nacional.
A
proximidade territorial do Brasil com países falantes da língua espanhola,
muitas vezes é capaz de criar uma falsa narrativa sobre proximidade cultural e
linguística. Pertinente também, é sua extensão territorial dentro da América do
Sul, colocando o país em uma posição de hegemonia territorial e cultural em
todo um hemisfério do continente, não justificando a não necessidade do
conhecimento e reconhecimento das culturas e línguas dos povos que receberam
influência direta dos espanhóis.
De acordo com os estudos de Parejo e Soares
(2013) que o ensino do espanhol no sistema educacional brasileiro contribui
para a eliminação de estereótipos, prejuízos e discriminação; propicia o
entendimento, a tolerância e o respeito mútuo entre as identidades e
diversidade cultural”, assim como a importância que tem o ensino da língua
estrangeira para “conhecer a si mesmo”, “conhecer o outro” e reflexionar sobre
sua própria cultura e identidade, o que portanto, justifica esse trabalho.
Pretende-se, através de revisão
bibliográfica explanar a importância da língua espanhola para a educação
brasileira, além
de compreender os desafios impostos e
propostos pela atual conjuntura global.
DESAFIOS DA LÍNGUA ESPANHOLA NO BRASIL
A nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), Lei Nº 9.394, aprovada em novembro de 1996, no Brasil, introduziu
profundas reformas no sistema educacional nacional. Nessa década, tanto o
Brasil como a Argentina passaram por essas reformas, que, introduzia línguas
estrangeiras como disciplinas obrigatórias: uma língua teria que ser oferecida
da 5.ª à 8.ª série no Ensino Fundamental, e outra seria oferecida nos três anos
do ensino médio. Em uma visão técnica, a aplicabilidade da lei aprovada se tornaria
muito imprecisa em relação a qual língua estrangeira deveria ser oferecida e
como deveria ser ensinada: essas duas decisões ficam nas mãos das autoridades
de educação locais. (GIL, G; 2009)
Percebe-se, da década de 90 até o
presente, um acentuado crescimento da língua inglesa como primeira língua
estrangeira em âmbito mundial. Segundo Le Breton (2005) in
Damianovic (2006), “o inglês está um
pouco presente em todos os lugares do mundo”.
Em um contexto mais amplo, Rajagopalan
(2005: 151) conceitualiza que a língua inglesa, essa, presente em todo o mundo,
acabou se tornando uma referência como meio de comunicação entre diferentes
povos. Ainda de acordo com o autor, O World English, que é a designação para o
inglês global, assim citado pelo autor, é um “fenômeno linguístico sui generis,
pois, segundo as estimativas, nada menos que dois terços dos usuários desse
fenômeno linguístico são aqueles que seriam considerados não nativos”
(RAJAGOPALAN, 2005: 150-151).
Considerando-se a expansão da língua
inglesa, sabendo que o mesmo se deu entre todos os países no mundo, inclusive o
Brasil e os países falantes da língua espanhola, a busca e referência por uma
língua que fosse aprendida e compreendida por uma considerada parcela de
pessoas no mundo fez com que a língua espanhola, de certa forma, ocupasse um “lugar
secundário”.
Na educação, principalmente, não foi
diferente, o predomínio do inglês pode ser explicado, como dito anteriormente, pelo
que a população tem como símbolo de ascensão social. “Há setores na sociedade
em que o recurso do inglês se tornou uma necessidade, ou seja, quem se recusa a
adquirir um conhecimento mínimo da língua inglesa corre o risco de perder o
bonde da história” (RAJAGOPALAN, 2005: 149). Em contraponto, se referindo à
língua espanhola, quando comparada com a inglesa, criou-se um estereotipado ponto
de vista de uma importante parcela dos estudantes, que se referem à língua
espanhola como uma “língua fácil”, isso em função de possuir uma relativa
“proximidade” com o português. (VESZ, 2013: 823).
De fato,
a língua espanhola se aproxima muito da língua portuguesa, palavras similares,
expressões, proximidade física das regiões falantes das duas línguas e questões
históricas, todos são referências dessa evidente proximidade, porém esse fator
poderia ser explorado de uma maneira muito mais potencializadora.
No que tange ao prestígio, o inglês
desponta, em geral, como a língua mais prestigiada, não só no âmbito do curso,
mas também no cenário institucional mais amplo, por consequência da
implementação de políticas públicas em vigor nos últimos anos, com vistas à
internacionalização das universidades brasileiras, como os programas Ciência
sem Fronteiras e Inglês sem fronteiras (este último transformado em 2015 em
Idiomas sem fronteiras) (cf. JORDÃO e MARTÍNEZ, 2015, para a compreensão de uma
visão crítica desse cenário).
A promoção da língua espanhola no Brasil é
conferida a instituições espanholas, segundo Novodvorski, torna-se notória a
presença de um discurso marcadamente mercantilista, quando o assunto é o ensino
do Espanhol no país. As escolhas lexicais denotam uma tendência promocional. O
posicionamento da Espanha, como principal articulador dos processos,
encontra-se legitimado. O Instituto Cervantes se coloca na posição de formador (NOVODVORSKI,
2007, p. 3). As ações dessas instituições resultam no monopólio tanto da
elaboração de material didático, assim como o consequente privilégio da
variedade europeia da língua. Isso muitas vezes passa a ser um complicador
dentro da realidade nacional, pelo simples motivo que, a cultura espanhola se
apresenta mais distante, inclusive no aspecto geográfico com o Brasil quando
comparada com praticamente todos os países da América do Sul e México.
É certamente muito vago afirmar que a
língua espanhola de determinada região seria a correta a ser ensinada, até
mesmo porque a quantidade de pessoas, nos mais diversos países que falam a
língua, não falam de forma uniforme uma língua standard (Salvador, 1988:73-75).
Se referindo ao inglês, autores como Haugen, fazem uma pergunta que pode ser
feita igualmente para a língua espanhola, O que é o inglês standard? Pode-se
afirmar que “não é a soma de todas as variantes do inglês, tampouco uma classe
específica do mesmo. Uma língua standard exige ser ainda mais rica que cada uma
das variantes que existem, e provavelmente é, na realidade, mais pobre, já que
não dá respostas a todas as necessidades a todas as variedades de inglês (en
Alvar, 1991:259).
A exemplo dessa absorção cultural da
língua espanhola proveniente de países latinos, mais que da Espanha, estão
aspectos da fala, além de músicas e novelas veiculadas pelas mais diversas
mídias e consumidas pelos brasileiros (ZOLIN-VESZ, F; 2013). Uma importante referência do citado, é atriz mexicana
Gabriela Spanic, que se tornou-se uma das atrizes mais conhecidas e respeitadas
pelo público brasileiro no início do século XXI. (TV FOCO, 2017). Isso pode ser um
dos exemplos do padrão a qual as pessoas no Brasil gostariam de se adaptar ao
espanhol como LE. A “quase” obrigatoriedade de se propor um aprendizado baseado
na cultura espanhola se torna um empecilho para novos adeptos à língua,
interessados em cursá-la. (SANTOS, A. F. N. et al; 2013).
Juntamente com as novelas, outra grande
porta de entrada para a cultura de língua espanhola no Brasil é a música, que,
apesar do caráter polissêmico que tem, sua interpretação é individual, pois
cada receptor pode compreendê-la de acordo com o seu conhecimento de mundo e
suas crenças. A música, pela própria natureza de seu componente musical, possui
uma intrínseca interculturalidade, pois pertence não só à cultura da língua original
como também à cultura daquele que a ouve. (SALLES M, 2003).
Um dos maiores e mais promissores exemplos
de música em língua espanhola na cultura brasileira é a canção Despacito, interpretada pelo
porto-riquenho Luis Fonsi, até a presente data, a música havia alcançado quase
6 bilhões de acessos a nível mundial, no Brasil, por um período, foi de forma
invicta, a música mais pedida do país de acordo com a
Rádio Cultura FM (2018).
A música indiscutivelmente é um dos
pilares da cultura humana, mais do que qualquer outra arte, tem uma
representação neuropsicológica extensa, com acesso direto à afetividade,
controle de impulsos, emoções e motivação. Ela pode estimular a memória não
verbal por meio das áreas associativas secundárias as quais permitem acesso
direto ao sistema de percepções integradas ligadas às áreas associativas de
confluência cerebral que unificam as várias sensações. (MUSZKAT, 2012).
Exemplo pode ser dado referindo-se à
sensação gustativa, olfatória, visual e proprioceptiva as quais dependem da
integração de várias impressões sensoriais num mesmo instante, como a lembrança
de um cheiro ou de imagens após ouvir determinado som ou determinada música. O
conjunto dessas atividades motoras e cognitivas envolvidas no processamento da
música é chamado de função cerebral. Tal função exige várias operações mentais
tais como interpretação de ritmos, harmonias, timbres, expressão motora,
processos cognitivos e emocionais para a formação de um complexo de interpretação
da música (MUSZKAT, 2012). Isso exemplifica a importância da música para a
influência de uma determinada cultura, visto que nela, a sociedade se sente
desde atraída até representada.
Mas até mesmo nesse aspecto, mesmo com o
auge e toda a extensão ocupada por diversas canções latinas que vieram e ainda
vem tendo um relativo sucesso após a de Luis Fonsi, inegavelmente o inglês
ocupa um espaço de maior repercussão, assim como cantores e artistas falantes
da língua inglesa são incomparavelmente mais conhecidos pelos brasileiros.
Para que haja uma aproximação, ou até
mesmo uma identificação de outra cultura sobre alguma língua, é fundamental que
haja a compreensão e diálogo entre elas para o processo de ensino-aprendizagem
de línguas, pois a percepção se desenvolve a partir da própria cultura e na
cultura da língua do outro. Esse processo torna evidente que o foco da
aprendizagem de uma língua não pode ser somente as formas e estruturas
linguísticas de um código diferente com o objetivo de debater as suas
semelhanças e/ou as diferenças, mas sim uma troca de experiências de vida
mediadas pela linguagem. (BRASIL, 1997, 2006; PARAQUETT, 2005; CANDAU, 2010).
Embora ainda exista, comparado com o
inglês, um distanciamento ou isolamento da língua espanhola na educação
brasileira, ela (a língua) se faz extremamente importante. As razões
educacionais permeiam todo o contexto de desenvolvimento humano, mercadológico
e cultural, principalmente quando se refere a perspectiva sobre o futuro. Em um
sentido inverso, pode-se observar que muitos hispano-falantes buscam aprender o
Português Brasileiro para diversos fins, tais como comerciais, acadêmicos e
culturais. (SALLES M., 2003).
A influência do Brasil no continente, nos
últimos vinte anos, especialmente, frente aos demais países do Mercado Comum do
Sul (MERCOSUL), faz com que os países, principalmente os vizinhos, se
aproximem, o que favorece a diversas atividades e amplia parcerias em prol de
desenvolvimentos diversos. (SALLES M., 2003).
A cultura proveniente dos falantes da língua
espanhola está presente na sociedade brasileira em todos os aspectos. As duas
mantém uma constante troca de informações, é muito comum, inclusive, ver uma
sólida mistura entre ambas nas fronteiras entre o Brasil e seus vizinhos. O
intercâmbio linguístico se faz importante com eles e o contato entre falantes
de línguas diferentes é um fenômeno acentuado. (SALLES M., 2003).
Um fato importante, que contradiz um
possível motivo da ausência em massa do ensino da língua espanhola na educação
brasileira, é a admiração que a língua tem pelos brasileiros. Costumeiramente,
após ouvir alguma expressão ou até mesmo ter o contato com um falante nativo, o
não falante do espanhol, muitas vezes se arrisca a comunicar com aquilo que
acredita que seja a língua, ou através do que absorveu em contato com outras
comunidades ou outros meios.
Sabem que existe alguma similaridade, mas,
normalmente a comunicação se dá de forma mediana. Com o déficit da oferta da
língua através das instituições de ensino ou a ausência do conhecimento da
mesma, cria uma mescla da língua-mãe com a língua espanhola. Observemos, por
exemplo, as cidades Foz do Iguaçu e Ciudad del Leste, fronteira
Brasil/Paraguai, locais onde há um intenso comércio e trânsito de falantes de
diversas línguas, como o Português, o Espanhol, o Portuñol e algumas línguas indígenas, dentre as quais citamos o
Guarani. Não é diferente nas cidades de Pacaraima e Santa Elena de Uairén,
fronteira Brasil/Venezuela. (MOTA, F. P; 2006).
O Portuñol
ou Portunhol é o reflexo de um processo conectivo da língua portuguesa com a
espanhola, que evoluiu durante um determinado espaço de tempo com a troca de
informações entre as duas línguas e se desenvolveu intermediando as duas, para
muitos especialistas é inclusive considerado uma língua também, assim como suas
genitoras.
NOVOS
CAMINHOS NA EDUCAÇÃO
Muitas vezes, para entender o porquê da
pequena presença de alguma língua estrangeira na educação brasileira podemos
tomar como base a retribuição que os países se dão, em prol de desenvolver uma
aproximação nesse aspecto, assim como o incentivo e a influência dada dentro do
contexto educacional. Um exemplo é a Argentina, onde podemos observar que uma
considerável parte das instituições educacionais têm realizado esforços para
que a língua portuguesa tenha uma procura maior por sua população, embora, na
atualidade, a demanda do ensino da mesma tenha crescido bastante e tenham
aparecido vários cursos particulares que atendem esta demanda, fica claro que o
governo argentino não parece ter feito grandes investimentos nessa área. (GIL,
GLÓRIA; 2009).
Outra importante carência nos processos
educacionais brasileiros, que são em parte responsáveis pela ausência de
promoção e interesse, tanto da parte discente quando docente, isso ocorre pela
falta de investimentos na educação nos níveis básicos, fazendo que toda a
estrutura se volte para os níveis superiores da educação, embora as últimas
décadas do século XX e o início do século XXI vêm marcados por profundas
mudanças no campo econômico, sociocultural, ético-político, ideológico e
teórico. (Frigotto & Ciavatta, 2002 in Frigotto, G e Ciavatta, M.; 2003). A educação se tornou parte de um processo de
aperfeiçoamento do mercado de trabalho, com o pleno objetivo de cumprir os
objetivos mercadológicos fazendo reposição de possíveis carências presentes no
mesmo.
No que diz respeito ao trabalho docente
propriamente dito, o “abandono da categoria trabalho pelas categorias da
prática, prática reflexiva” (Freitas, 2003, p. 1.096) tem sustentado a
utilização de expressões como “atividades” e “tarefas docentes”. É a
materialização discursiva do esvaziamento desse trabalho, com a restrição do
professor à escolha do material didático a ser usado nas aulas, durante as
quais lhe cabe controlar o tempo de contato dos alunos com os referidos
materiais, concebidos como mercadorias cada vez mais prontas para serem
consumidas (Barreto, 2002).
A educação tecnicista e mercantilista em
si, já proporciona um afastamento por parte da oferta e demanda de cursos de
qualquer outra língua que não seja o inglês. Levando em consideração que
atualmente os Estados Unidos são o país onde se concentra a maior taxa de
produtividade no mundo, além de riqueza, seguido pela China, o aluno emergido
em uma educação voltada plenamente ao mercado de trabalho irá naturalmente
voltar seus esforços sentido à segunda língua que lhe proporcione maiores
possibilidades de sucesso profissional e financeiro. Levando em consideração a
complexidade do mandarim para os povos latinos quando comparada com a língua
inglesa, é certo que o discente optará pela segunda.
Com a recente ascensão social vivida pelos
brasileiros, iniciada no início do século XXI, foi proporcionada a
possibilidade de conhecer (além da internet ou através de fotos) diversos
países latinos, além da proximidade territorial e os baixos custos para
transladar a escolha se dava pela aproximação com a língua portuguesa, essa
melhoria possibilitou também que diversas empresas buscassem a expansão de seus
negócios além do território nacional, visto isso, aprender a língua espanhola,
se tornou importante para manter uma comunicação satisfatória com o outro, a
procura por cursos particulares ou em escolas especializadas no ensino de
línguas ou idiomas aumentou significativamente, com dados
comparados desde 2008, no ensino privado, a procura aumentou consideravelmente.
Débora Schisler, diretora da Seven
Idiomas, escola que há mais de 15 anos oferece aulas de espanhol, conta que a
procura aumentou 38% nas unidades e 32% nas turmas corporativas (salas de aula
dentro das empresas). (REVISTA EDUCAÇÃO, 2011). O crescimento se deu ao mesmo
tempo em que o idioma estrangeiro passou a ser quase obrigatório no currículo,
mas o sucesso dos cursos oferecidos pela escola é reflexo de um trabalho que
começa bem longe das salas de aula: no momento da escolha dos franqueados. (GLOBO,
2014).
A tecnologia e seus avanços atuais é um
dos recursos que têm mais ajudado a língua a tomar um lugar de destaque, e isso
avança inclusive e principalmente pela educação. Adquirir um livro, ler ou
ouvir um conteúdo em língua espanhola era uma tarefa difícil há alguns anos,
atualmente é possível desde comprar materiais didáticos vindos de qualquer país
desejado, como também é possível fazer um curso totalmente pela internet, sem
precisar se deslocar. Paloff e Pratt
(2002) mencionam que os cursos constituídos através de comunidades virtuais
colaborativas podem ter dois tipos de avaliação da aprendizagem: uma de caráter
somativo, ocorrendo ao final do curso, que é, segundo os autores, o modelo
utilizado pela maioria das instituições acadêmicas; o outro modelo é o
formativo, caracterizado pela dinâmica contínua, de modo a ter a possibilidade
de ocorrer em qualquer momento do processo. (OLIVEIRA, Gerson
Pastre de. Estratégias multidimensionais).
Não há dúvidas que a internet,
literalmente revolucionou a forma com que as pessoas se comunicam, neologismos
passaram a atravessar fronteiras nacionais em um espaço de tempo surpreendente
comparado com tempos anteriores, notícias podem ser espalhadas e absorvidas numa
proporção nunca antes imaginada. Notícias de grandes acontecimentos que em uma
determinada época durava um certo tempo para chegar ao outro lado do mundo,
hoje, são difundidas em segundos, e os impactos dessa velocidade são muitas
vezes imediatos.
Para muitos, a língua da internet é o inglês.
Essa visão, porém, não é mais válida. Com a globalização da internet, a
presença de outras línguas tem aumentado constantemente. Até 1998, um número
amplamente citado afirmava cerca de 80% da Net era em inglês. Esse total se
originou do primeiro grande estudo de distribuição de línguas na internet,
realizado no ano anterior pela Babel, uma iniciativa conjunta da Internet
Society e da Alis Technologies. Desde então, as estimativas para o inglês vêm
caindo constantemente, especialmente para o alemão, japonês, francês e espanhol.
(CRYSTAL D, 2005). A língua espanhola na maior enciclopédia virtual do mundo, a
Wikipédia.org, aparece como a quinta maior detentora de artigos, ultrapassando
o mandarim, o italiano, o japonês e o português (WIKIPEDIA.ORG, 2018) isso exemplifica
o quanto os falantes da língua espanhola contribuem para a divulgação de
conteúdo na referida língua, atuando no compartilhamento de informações de
cunho acadêmico ou não.
Sabemos que o mundo mudou e estamos
inseridos na contemporaneidade, marcada pela globalização, pelo hibridismo e
pelo multiculturalismo, logo, isso também reflete diretamente nas relações em
sala de aula. As sociedades sempre foram múltiplas e complexas, mas,
atualmente, com a expansão urbana (GARCÍA C, 1997) se intensificou
a hibridação cultural. As notícias chegam pela Internet e podemos nos comunicar
com pessoas de todas as partes do mundo, seja pelo computador, celular, tablet.
Não podemos conceber o ensino de línguas na contemporaneidade sem levar em
conta alguns dos aspectos e atividades mencionados anteriormente. (ESPANHA,
2006).
As línguas sempre estiveram em contato com
outras. Todas elas sempre tomaram empréstimos de outras. E nenhuma comunidade linguística
jamais obteve sucesso ao tentar impedir que esse processo acontecesse. A única
forma de se conseguir isso seria afastar a própria língua do contato com
outras. Mas ninguém deseja o isolamento social e econômico que essa política
acarretaria. (CRYSTAL D, 2005).
Considerações Finais
As línguas evoluem em velocidade e tempo
no qual não se pode determinar. As tecnologias e a velocidade de informações fazem
com que a comunicação esteja cada vez mais acelerada, onde as pessoas buscam
informações em várias línguas e com a dificuldade reduzida de traduzi-las ou
até mesmo aprendê-la. A evolução das linguagens não pode ser determinada, nem
sequer controlada ou ajustada por nenhum povo, as línguas nada mais são, que a
identidade de uma cultura expressada em sua fala.
Os futurologistas não encontram
dificuldades em prever cenários nos quais, por exemplo, o árabe, o chinês ou o
espanhol se tornam a próxima língua mundial. O espanhol é de fato a língua
materna que cresce com mais rapidez no mundo atualmente. Aprender uma língua é
ter imediatamente direito a ela. (CRYSTAL D, 2005).
A parte importante desse fato na cultura
brasileira é sua aproximação cultural, geográfica e econômica com os países
falantes da língua espanhola na América, o crescimento da língua espanhola no
mundo, principalmente nos Estados Unidos, o crescimento da economia dos países
vizinhos e a aproximação cultural entre o Brasil e os espano-falantes,
proporcionada principalmente pela tecnologia e o intercâmbio cultural abre
portas para novos rumos na educação. A língua espanhola não deixa dúvidas de
que ainda será extremamente promissora na educação brasileira, isso não diz que
ela não seja atualmente, mas, refere a pouca importância que na conjuntura
atual lhe é dada.
Assim como acontece no cenário atual com a
língua inglesa, como ocorreu em um passado recente com a língua francesa, uma série
de neologismos foram e são criados como sinal de intercâmbio e conexão entre as
culturas.
Pessoas fazem empréstimos e alimentam um
processo de troca praticamente permanente de suas culturas por meio da
comunicação. Quando uma língua se espalha, ela muda. O simples fato de que
partes do mundo diferem tanto uma das outras, física e culturalmente, significa
que os falantes têm inúmeras oportunidades de adaptar a língua, para satisfazer
suas necessidades de comunicação e adquirir novas identidades. (CRYSTAL D, 2005).
A população latina nos Estados Unidos tem
acrescido nos últimos anos. A troca
de informações entre os Estados Unidos e as culturas espano-falantes nunca foi
tão acentuada. A possibilidade que esse fator continue em aceleração é grande
“Além
de espetacular, tal crescimento foi extraordinariamente rápido, pois na
realidade foi em 1970 que começou um grande fluxo de emigração que, a partir de
então, passou a crescer exponencialmente. O censo de 2010 constatou um aumento
na população hispânica de 15,2 milhões entre 2000 e 2010, representando mais da
metade dos 27,3 milhões de aumento da população total dos Estados Unidos. Isso
significa um aumento da população hispânica em 43%, ou quatro vezes o
crescimento do país, de 9.7%2.” (ESTADOS UNIDOS,
2012)
Se referindo à maior potência econômica do
mundo moderno, a que é a maior exportadora de cultura para os países
latino-americanos, e a importância que o mesmo exerce nas políticas mundiais, a
adequação e implementação de forma extensiva, além da oferta e demanda da
língua espanhola na educação brasileira no Brasil encontra espaço próspero em
um futuro próximo, levando em consideração o grande importador cultural que é o
Brasil atual.
Se faz importante, em todos os meios
educacionais, conscientizar a importância da língua espanhola aos discentes,
isso não só aproxima os mesmos a essa cultura, como também cria um ambiente
mutuo de respeito para com cidadãos dos países que a tem como língua oficial.
Em outro ponto de vista, uma eventual
mudança na estrutura das políticas públicas, visando acordos bilaterais com
países latinos e não mais como blocos, poderia fomentar um novo ciclo de busca
pela língua espanhola, com vistas que, a integração e efetivação das trocas de
produtos e informações, se daria pelos respectivos negociadores através, principalmente
da aproximação econômica e estratégica, Ao analisar o quadro evolutivo da
presença do espanhol como LE na educação básica brasileira, podemos perceber as
suas várias faces ao longo da história até chegar à atualidade.
Concluindo que a escolha do ensino de LE
sempre esteve atrelada a fatores econômicos, culturais e políticos. No entanto,
a oferta de um idioma estrangeiro deveria estar pautada também em sua
comunicação real. (SALVADOR A; SANTOS L, 2008) Os diferentes elementos que a compõem estarão
presentes, dando amplitude e sentido a essa aprendizagem, ao mesmo tempo em que
os estereótipos e os preconceitos deixarão de ter lugar. (BRASIL, 2007).
Deixar de cultivar a língua, não investir
em sua disseminação, não prover estruturas e recursos para que ela seja
transmitida através dos povos cria um isolacionismo capaz, inclusive, de fazer
mal à cultura.
Aprender uma nova língua e dar espaço para
que ela possa ser aprendida é a construção de um caminho de plenas
transformações onde as duas línguas que trocam informações são as maiores beneficiadas,
assim como seus povos.
“As
línguas devem ser ensinadas e tratadas como tesouros nacionais. Uma língua
morre quando a última pessoa que a fala desaparece. Ou, algumas pessoas dizem,
morre quando a penúltima pessoa que a fala desaparece, pois então a última não
tem mais ninguém com quem conversar”. (CRYSTAL D, 2005).
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